“Temos ouvido alguns
confrades afirmarem: Eu não forço os meus filhos para a evangelização espírita
porque sou muito liberal.
Ao que poderia
acrescentar:
“Porque não tenho força moral”.
Se o filho está
doente, ele o força a tomar remédios, se o filho não quer ir à escola, ele o
força.
Isto porque acredita
no remédio e na educação.
Mas não crê na
religião que abraçou, quando afirma: “Vou deixá-lo crescer e depois ele
escolherá”.
“Para mim” – acrescentou Divaldo – “ representa o mesmo que o deixar
contaminar-se pelo tétano ou outra enfermidade, para depois aplicar o remédio”,
e elucidou:
“Você viu que não
deve pisar em prego enferrujado.
“Agora irei
medicá-lo”.
E, também, deu outro
exemplo, isto é, quando frente a um tuberculoso, falar-lhe:” você deve cuidar
da higiene, de sua alimentação e de sua saúde.
Isto é, no nosso
entender, quis Divaldo mostrar:
Fechar a porta depois
dela ser arrombada.
Prosseguindo, o grande tribuno espírita quis mostrar, resumindo, que os pais
dão a melhor alimentação, o melhor vestuário, o melhor colégio dentro de suas
possibilidades, mas na hora de dar a melhor religião, eles se acomodam,
amedrontam-se.
Aos pais é incumbido
o dever de oferecer aos filhos o que há de melhor, cabendo aos filhos, ao se
tornarem adultos, fazerem, aí sim, as suas opções de ordem religiosa.
Necessário é motivar
os filhos, enquanto crianças, através dos exemplos em casa, que o Espiritismo
é, sem dúvida, a melhor de todas as religiões, imprimindo em si mesmos todo o
comportamento espírita.
Uns obrigam os filhos
a irem à evangelização; todavia, em casa, não mantêm uma atividade.
O exemplo dos pais
espíritas em casa tem efeito altamente convincente.
Há pais que reclamam do horário, muito embora Divaldo tenha perguntado qual a melhor hora para a evangelização sem ser domingo de manhã. Divaldo interroga um desses pais que não têm hora para levar os filhos à evangelização: “Que hora é melhor?”
Outra hora – respondeu.
Há pais que reclamam do horário, muito embora Divaldo tenha perguntado qual a melhor hora para a evangelização sem ser domingo de manhã. Divaldo interroga um desses pais que não têm hora para levar os filhos à evangelização: “Que hora é melhor?”
Outra hora – respondeu.
Divaldo insiste: “Mas
qual?”
Volveram a perguntar:
O que é que você acha?
Divaldo retrucou: “
Eu não acho nada, porque não tenho filho, você é que o tem”.
Mas não poderia ser
em outra hora – voltou o pai à carga: Contesta Divaldo: “Depende de você achar
a hora, porque durante os dias da semana as crianças não podem porque estão
estudando; no sábado, à tarde, o evangelizador tem que arrumar a casa, cuidar
das compras, etc.
Domingo, tarde, os
pais não podem porque as crianças têm as festinhas de aniversário, as
matinezinhas, isso e aquilo; de noite não convém, porque criança não pode
dormir tarde. Domingo de manhã – continua o pai desavisado - , nem sonhar,
porque a Bahia foi feita por Deus com tantas praias e mulheres bonitas para
serem desfrutadas.
Para que praia e mulheres bonitas para serem desfrutadas. Para que praia, então, se o baiano não pode ir?
Para que praia e mulheres bonitas para serem desfrutadas. Para que praia, então, se o baiano não pode ir?
Domingo queremos ir à
praia, Sr. Divaldo?
Em vista desses
argumentos, Divaldo responde que a evangelização não era, absolutamente, o
problema, muito pelo contrário, era a solução para todos os problemas do ser
humano. E aditou que as pessoas que pensavam assim não eram espíritas, que elas
não querem é perder a praia, alegando que os filhos precisam tomar sol e banho
de mar.
Por fim, Divaldo acrescentou: “Percam umas praiazinhas mas salvem os
seus filhos. Hoje vocês levam eles à praia, mas depois, invariavelmente,
ficarão chorando e perguntando a Deus por que o filho cometeu tamanho
deslize?
O remorso pode bater
no interior desses pais e naturalmente, frente às suas próprias negligências,
haverão de perguntar sem obter resposta como gostariam.
“Por que Senhor, o
meu filho cometeu tal delito? Eu o fiz nascer com as feições do menino Jesus e
agora o vejo com o rosto de Judas de Kerioth”.
Que seja, pois uma
preocupação permanente nas mentes paternais e maternais espíritas,
principalmente a evangelização de seus filhos, evitando mais tarde que eles
descabem para toda sorte de vícios e paixões próprias do momento que nossas
crianças atravessam e cujas conseqüências são terrivelmente dolorosas.
Trecho de artigo da Revista Internacional de Espiritismo - Out/01,
em comentário ao livro: Diálogo, pág. 68 por Divaldo Pereira.
Trecho de artigo da Revista Internacional de Espiritismo - Out/01,
em comentário ao livro: Diálogo, pág. 68 por Divaldo Pereira.
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